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Orlando Morando rompe com o PSDB após quase 20 anos: "O partido perdeu sua essência"

  • Foto do escritor: CanalNBS
    CanalNBS
  • 18 de dez. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 19 de dez. de 2024

Prefeito de São Bernardo do Campo critica cúpula tucana, aponta ingerências e anuncia saída com duras declarações.

REDAÇÃO NBS


O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, anunciou nesta terça-feira (17/12) sua desfiliação do PSDB, partido ao qual estava filiado desde 2005. Após 19 anos, Morando, que governa a maior cidade administrada pela sigla no Brasil, decidiu romper com a legenda devido ao que chamou de "ingerências administrativas" e perda de conexão com as bases e com a sociedade.


“[O PSDB] virou um partido de cartório, que tem três sócios: Marconi Perillo, Aécio Neves e Eduardo Leite”, criticou o prefeito, apontando que a legenda se afastou de seus princípios fundadores estabelecidos por Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso. Morando também destacou que o partido enfrentou seu pior resultado eleitoral desde a fundação, evidenciando o distanciamento entre o PSDB e a opinião pública.


Entre os episódios que motivaram sua saída, o prefeito citou a intervenção no diretório estadual de São Paulo, em março deste ano, e a substituição do então presidente Marco Vinholi pelo prefeito de Santo André, Paulo Serra. Segundo ele, essas decisões confirmaram a desconexão da sigla com sua militância. “O partido não respeita a militância, perdeu a essência e as diretrizes”, declarou.


Ao longo de sua trajetória no PSDB, Morando acumulou conquistas importantes, como ser reeleito em São Bernardo do Campo e eleger a maior bancada de vereadores do Brasil. No entanto, ele ressalta que sua gestão se destacou não apenas pelos números, mas pela inovação e compromisso com os moradores.


Sem anunciar um novo destino político, o prefeito afirmou que recebeu convites de quatro partidos, mas que, por enquanto, pretende refletir. “Não vou especular. Estou avaliando os convites com cautela”, disse. A saída de Morando, que deixa o cargo em 1º de janeiro, é mais um golpe para o PSDB, que vem sofrendo um processo de desidratação de seus quadros.


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